- Área: 3515 m²
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Fotografias: Luis Ferreira Alves
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este projeto refere-se a um Lar de Idosos dimensionado para cerca de 60 utentes em Perafita (Porto, Portugal).
Inserido no Centro Social e Paroquial Padre Ângelo Ferreira Pinto – junto à igreja local – o lar desenvolve-se numa área de implantação com 840 m², atingindo uma área bruta de construção de 3 515 m² entre rés-do-chão, 1º andar e cave.
Constituído por dois edifícios interligados ao nível do piso superior através de um corpo metálico e envidraçado, o projeto foi pensado de forma a propiciar uma correta distribuição de funções ao longo dos diferentes pisos, estabelecendo uma independência de circuitos entre funcionários de apoio a diversos serviços, e entre utentes, visitantes e técnicos administrativos.
No edifício principal concentram-se espaços sociais como a recepção, sala de convívio e atividades, cantina e cozinha, gabinete médico e gabinete de enfermagem, salas de reuniões e gabinetes administrativos, balneário e vestiário para funcionários, lavandaria ou ainda cabeleireiro. Os 40 quartos (duplos ou individuais) distribuem-se pelo piso superior de ambos os edifícios.
O edifício secundário é elevado a partir do solo, criando um espaço ideal de lazer para utentes em dias de chuva, ou servindo como complemento à área de estacionamento.
Procurou-se que os espaços se aproximassem ao máximo do ambiente residencial – dentro das restrições impostas pela legislação específica – proporcionando ainda áreas diversas, tanto interiores como exteriores, com localizações e características distintas, que estimulam estadias com o desenvolvimento de várias atividades e permitem ao mesmo tempo a tomada de opções individuais.
Tendo em mente que a integração é um dos conceitos chave da atualidade e que crescem as solicitações aos arquitetos de respostas inovadoras para a integração dos requisitos mínimos de acessibilidades em todos os espaços do dia-a-dia, pretende-se neste edifício responder a estas questões, simultaneamente optimizando os espaços, tendo também em consideração a exequibilidade orçamental e criando soluções com idêntica qualidade estética de espaços não acessíveis.
A seleção das cores recaiu numa distinção fundamental – espaços de passagem ou de curta estadia e espaços de maior permanência, ou seja, corredores e sanitários versus quartos e salas. Assim, para os espaços de passagem criaram-se ambientes dinâmicos, ritmados por cores, com marcação de volumes e grafismos angulares nos pavimentos, tetos e iluminação. Para os espaços de maior permanência foi dada preponderância à ortogonalidade e cores neutras, com apontamentos cromáticos que estabelecem uma continuidade entre os dois tipos de ambientes.